Uma das estrelas variáveis mais famosas recentemente atingiu seu brilho máximo e já está diminuindo, seguindo seu caminho até o mínimo, previsto para início do ano que vem. Após isso, voltará a aumentar novamente.
Mira, ou Ômicron Ceti, é uma gigante vermelha situada na
constelação da Baleia, a uma distância de aproximadamente 400 anos luz da Terra
que nomeia um tipo de variáveis pulsantes, as “Miras”.
Essa estrela é um alvo conhecido dos observadores do céu há
muito tempo. Foi descoberta em 1596 por David Fabricius, porém, registros
indicam que havia sido observada anteriormente. Seu período foi calculado em
11 meses por Johannes Holwarda. Desde então, recebeu seu apelido carinhoso de “Maravilha”.
Seu comportamento não é tão raro entre suas companheiras,
visto que algumas outras Miras, pouco mais de 20, atingem magnitude observável
a olho nu, sem a necessidade de binóculos ou telescópios. Sendo Mira a que atinge
o maior brilho, próximo de magnitude 2.0.
Como dito, Mira acabou de atingir seu brilho máximo, então,
essa é a hora de você acompanhar a estrela enquanto ela vai desaparecendo no
céu.
Mira está nascendo por volta de 22:00, mas espere um pouco
mais até que ela atinja uma maior elevação para vê-la melhor.
Achá-la a olho nu é fácil, caso você não tenha problemas em
acordar de madrugada (essa época) e ter como referência duas constelações fáceis
de localizar, Órion e Touro.
Gráfico mostrando a posição de Mira, tendo como referência Rigel (const. Órion) e Aldebaran (const. Touro). |
Curva de luz de Mira, mostrando os três últimos máximos, 2019, 2020 e 2021 |
Nos envie sua observação: https://forms.gle/ojUQWGnD8xr6Ycpo9
Nenhum comentário:
Postar um comentário