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sexta-feira, 9 de abril de 2021

OFICINA MIRA 2021 - INSCRITOS CONFIRMADOS

 

A UBA se preocupa com a segurança de seus dados pessoais. Segue abaixo a lista de nomes resumidos dos inscritos com os últimos números de seu CPF:

Nome ResumidoFinal CPF
Adair Cardoso34
Adriana Oliveira28
Alan Sombra01
Alessandro Oliveira81
Alexandre Neves20
Alexandre Silva28
Aline Freitas36
Anderson Sobrinho80
André Junior04
André Carneiro45
Antonio Junior03
Antonio Castro68
Antônio Assare09
Áurea Lanfranco00
Bruna Pardinho94
Carlos Andrade03
Carlos Cordeiro98
Carmen Jacques72
Cícero Costa04
Cleonor Silva10
Cristiano Lobato00
Cristina Miranda05
Danilo Valim40
Danilo Lacerda44
Eduardo Sobrinho02
Edvaldo Junior53
Elias Santos01
Érica Silva30
Erika Gracyele08
Estanislau Junior64
Evaldo Bezerra49
Evelyn Oliveira11
Everaldina Fraga20
Fábio Morais63
Fabio Silva20
Felipe Carmo58
Felipe Santos99
Fernanda Oliveira10
Fernando Pimenta50
Francisca Silva48
Francisco Franco05
Francisco Paiva08
Gabriel Freire60
Gabriel Miranda65
Gabriele Araújo01
George Castro53
Geraldo Santos72
Giuller Assis57
Graciana Sousa49
Graciela Mejía49
Graziele Bueno45
Guilherme Rueda73
Henrique M.02
Higor Silva85
Hilton Silva98
Iara Marcos20
Igor Boeno07
Igor Lima03
Jander Lima11
Jéssica Oliveira07
João Alves42
Jorge Lopes49
José Amaral00
José Salerno89
José Neto23
José Araújo09
José Melo30
Jose Haro00
José Junior80
Juliana Vieira93
Juliana Soares99
Juliano Amorim53
Jullyana Vasconcelos12
Kamila Teixeira58
Kariane Moura22
Kátia Souza87
Klaus Zielke03
Krysna Steel02
Larissa Martins59
Larissa Teixeira22
Lázaro Neto89
Léia Lima80
Letícia Campos14
Lílian Marques90
Luana Araújo11
Luana Souza19
Lucas Izaias59
Marcelo Martins72
Marco Medeiros81
Marcos Feitoza06
Marcos Mendes27
Maria Santos80
Maria Neta34
Maria Ferreira42
Márliton Santos08
Matheus Frare14
Matias Martins30
Maureenn Alves07
Mayara Pacheco70
Maycon Tardin40
Mônica Souza69
Nicole Semião83
Odair Silva44
Otoniel Otoni72
Ricardo Sousa52
Rodney Silva84
Rodolpho Estevam10
Roger Correa27
Samuel Silva04
Sandra Santos19
Santana Fontenele23
Sara Boaventura63
Sofia Baúti02
Taili Lucas72
Tatiana Melo50
Tatiane Almeida25
Thaís Janolla01
Tharcisio Caldeira20
Valmir Morais72
Víctor Rocha28
Vinicius Silva15
Vinicius Barbosa09
Wallisy Gomes63
Washington Prado20

segunda-feira, 5 de abril de 2021

Conhecendo um pouco sobre as estrelas variáveis eclipsantes

 

O que são estrelas binárias eclipsantes?

O céu a noite fascina o ser humano desde os primórdios da civilização. Um céu estrelado a noite faz qualquer pessoa se maravilhar com a beleza do brilho das estrelas, até mesmo aqueles que fazem pouco caso de parar e olhar para cima em um dia de noite com céu limpo. O que poucos sabem é que a maioria daqueles pontinhos brilhantes, são na verdade duas ou mais estrelas orbitando uma a outra, bem próximas (do ponto de vista astronômico), e devido as distancias até a Terra, a luminosidade das componentes do sistema se misturam e não podemos perceber tão facilmente. Pesquisas desde o século XIX nos fornecem informações de que muitas dessas estrelas fazem parte de um sistema deste tipo. Esses sistemas são chamados de sistemas binários ou múltiplos.

Para este artigo, vamos nos ater somente a sistemas binários ou popularmente conhecido como estrelas binárias, pois, são a essas estrelas que muitos observadores de estrelas variáveis dedicam seus trabalhos. Estrelas binárias, normalmente, compõem um sistema no qual uma componente é uma estrela com massa muito maior (estrela A) e outra com massa menor (estrela B) e apresentam uma característica bem interessante para observadores aqui na Terra.

Existe uma definição importante quando se ler e se estuda sobre estrelas binárias, é o conhecido Lobo de Roche. Em um sistema binário, existem duas estrelas com campos gravitacionais altíssimos em interação, você deve lembrar de suas aulas de física que em campos gravitacionais existem regiões de equipotencial, ou seja, regiões ao redor de um corpo massivo que apresentam a mesma medida para a força gravitacional. Agora vamos imaginar nosso sistema binário de estrelas, cujos campos gravitacionais se “misturam”. Com toda certeza ainda existem pontos de equipotencial ao redor deste sistema, porém, agora devido a soma desses potenciais gravitacionais haverão regiões críticas em que os potenciais das duas estrelas se anulam. A figura 01, detalha um pouco sobre essas regiões:

http://astro.if.ufrgs.br/evol/node56.htm

 Como podemos perceber, os pontos L1, L2 e L3 apresentam-se como os pontos críticos nesta ilustração. Mas vamos observar com mais atenção o ponto L1, pois nessa região passa o equipotencial, que, quando a estrela expande sua superfície até esse ponto, ela transfere massa para a sua companheira e esse equipotencial que passa pelo L1 que chamamos de Lobo de Roche. Existe uma classificação de estrelas binárias quanto ao Lobo de Roche são elas: binário destacado, binário semi-destacado, binário de contato e binário de contato saturado.

1)      As binárias destacadas são sistemas em que as estrelas estão completamente dentro de seus Lóbulos de Roche e podemos observa-las separadamente a uma certa distância uma da outra:


https://www.slideserve.com/irish/grupo-de-astronomia

2)      As binárias semi-destacadas apresentam uma de suas componentes preenchendo todo o Lobo de Roche, o que acarreta uma transferência de massa para a estrela menor:


https://www.slideserve.com/irish/grupo-de-astronomia

3)      As estrelas binárias de contato são sistemas em que as duas estrelas preenchem completamente o Lobo de Roche, podendo haver assim uma transferência mútua de massa entre as estrelas. Esse é um tipo bem raro de se encontrar, pois existem condições muito específicas para que essa configuração aconteça:


https://www.slideserve.com/irish/grupo-de-astronomia

4)      A última classificação é o modelo mais comum de se encontrar no universo, são as binárias de contato saturado. Nesses sistemas, as estrelas expandem suas superfícies para além do Lobo de Roche, transferindo massa e energia pelo ponto L1.


https://www.slideserve.com/irish/grupo-de-astronomia

Para as estrelas deste sistema, em uma situação em que estejam orbitando no mesmo plano de visada do observador, pode ser observado um bloqueio da luminosidade medida aqui na Terra, pois, quando uma das estrelas atravessa a frente de sua companheira, parte da luz da estrela eclipsada é bloqueada, o que gera uma variação no seu brilho, ou em termos mais técnicos, na sua magnitude. Essas por sua vez, são conhecidas como binárias eclipsantes, variáveis eclipsantes ou binárias fotométricas. Abaixo podemos ver uma animação de como os eclipses acontecem:

https://commons.wikimedia.org/w/index.php?curid=199420

A variação na magnitude de algumas binárias eclipsantes pode ser facilmente observada visualmente e com o auxílio de um pequeno telescópio ou um binóculo. Essa variação também pode ser medida utilizando-se de métodos indiretos como a espectroscopia e a astrometria. Mas, qual a importância de observar essa variação de brilho dessas estrelas? Pois, bem, com as observações sistemáticas dessas estrelas é possível obter uma curva de luz (gráfico no qual se mostra a variação de magnitude ao longo do tempo) característica desses objetos e como o que causa a variação é a passagem de uma estrela na frente da outra, isso está intimamente ligado ao seu período orbital, o que resulta em um gráfico com intervalos entre os eclipses bem definidos, podemos assim, estimar quando acontecerá o próximo eclipse. Os cálculos dessas órbitas podem nos dar informações sobre a massa de cada uma das estrelas, o raio de cada uma e a densidade das estrelas. Esta parte ficará para um artigo futuro aqui no blog.

Alguns tipos curiosos de variáveis eclipsantes

1.       Algol

Esta estrela eclipsante binária é também conhecida como beta Persei. O que nos chama a atenção para essa estrela é que ela serve como base para todas as variáveis eclipsantes. Nestes sistemas binários, as duas estrelas estão a uma certa distância de tal maneira que as variações podem ser facilmente percebidas a olho nu e os eclipses podem ser notado facilmente nos gráficos de curvas de luz.  Outro fato interessante dessas estrelas é que a diminuição do brilho ocorre a cada 3 dias e duram no decorrer de horas. A ilustração abaixo facilita nossa percepção de como é o sistema beta Persei: 

 

Nestas variáveis, o eclipse primário, que é quando ocorre da componente menos brilhante passa na frente da componente mais brilhante, ela apresenta uma amplitude bem maior que o eclipse secundário, detalhe que em outros sistemas binários nem se percebe. A variação na sua magnitude pode atingir a casa de quatro magnitudes, como por exemplo o sistema RW Tauri, outro detalhe interessante é o período que em alguns casos, dependendo da distância entre as componentes do sistema, varia de um dia a anos.

Caso haja interesse por essa variável eclipsante, segue uma carta de observação fornecida pela AAVSO e como ela pode ser facilmente observada a olho nu, já servira para aprimorar suas habilidades na observação.


2.      Ursae Majoris

Esse outro tipo bem curioso de sistema binário é também conhecido como binário de contato de baixa massa. Essas estrelas estão tão próximas que há um compartilhamento de matéria e energia de uma estrela para outra através de uma espécie de pescoço de conexão. Essas estrelas são constantemente distorcidas pela gravidade uma da outra, o que provoca uma variação de brilho além da observada nos eclipses. Abaixo podemos ver uma curva de uma estrela do tipo W Ursae Majoris, um subtipo das estrelas Ursae Majoris


Os períodos desses sistemas podem variar de 0.22 a 0.8 dias, período bem curto comparado às outras estrelas do tipo binária eclipsante, isso se dar pelo fato de as estrelas estarem bem próximas, em contato, e orbitarem entre si em intervalos bem curtos de tempo, o que acarreta intervalos de eclipses bem pequenos.

Para os curiosos que quiserem observar este tipo de estrela, abaixo há uma carta de observação da estrela ε CrA, na constelação de Corona Australis. Essa estrela varia de 4,74 a 5 magnitudes em um período de 0.6 dias.


3.       QX Cas

QX Cas é um sistema de eclipsantes binárias do tipo |Algol, porém há duas características bem interessantes sobre esse sistema. A primeira característica é que o período entre seus eclipses é de 6.00471 dias, esse número tão próximo de ser inteiro, deixa bem defino que se o eclipse ocorrer ao meio dia do 01 de julho, por exemplo, ele voltará a ocorrer no meio dia no dia 07 de julho, porém, a quase 7 min mais tarde.

A segunda característica é que esse sistema deixou de apresentar eclipses para os observadores aqui na Terra, mas não porque as estrelas pararam de orbitar e sim devido aos movimentos de precessão das estrelas componentes que fizeram com que o sistema tirasse sua orbita do plano de observação daqui da Terra. E o mais interessante é que esse “sumiço” foi observado ao longo dos anos, como mostra a ilustração abaixo, no qual podemos perceber que com o passar dos anos, a intensidade dos eclipses foram diminuindo até não haver mais. Eis aqui um belo exemplo do quão é importante arquivar as observações dessas estrelas: 

https://www.aavso.org/eb-zoo

 Se quiser saber um pouco mais, estudar e observar essas estrelas de modo sistemático e contribuir para a astronomia profissional, venha participar da Comissão de Estrelas Variáveis da UBA, nós vamos adorar receber você e suas curiosidades sobre essas estrelas. Entre em contato com a gente!


Por:

Eurimar Araújo



AAVSO Notice 736: Nova em Sagittarius (V6594 Sgr)

    O alerta 736 da AAVSO convida a todos os observadores a submeterem dados acerca de uma Nova na constelação de Sagittarius descoberta de modo independente por Patrick Schmeer do All-Sky Automated Survey for Supernovae (ASAS-SN), Sizuo Kaneko (Japão), Hideo Nishimura (Japão) e Yuji Nakamura (Japão).

    Novas são sistemas binários compostos por uma anã branca com a estrela primária e outra estrela da sequência principal como secundária. Nestes casos o acréscimo de matéria provoca explosões termonucleares levando a um aumento de brilho de 7 a 16 magnitudes em intervalos de 1 a centenas de dias, os quais são seguidos por uma redução lenta do brilho. No caso de V6594 Sgr, também conhecida como N Sgr 2021, há uma variação de 9,3 a 20,0 V de magnitude.


Curva de luz de N Sgr 2021 - Fonte: AAVSO.

    Atualmente, seu valor de magnitude está próximo de 10,0 V, possibilitando a observação visual com uso de instrumentos óticos ou através de fotometria com câmeras CCD. Assim, como forma de facilitar a participação de mais observadores, seguem abaixo indicações para localização e o link para download de uma carta celeste da AAVSO com algumas estrelas de referência.

    Conforme pode ser visto na imagem abaixo, M25 (aglomerado estelar aberto) encontra-se próximo à região da Nova, podendo-se tomar-lhe como referência para localização de N Sgr 2021, a qual possui ascensão reta de 18h 49min 05.07s  e declinação 19º 02’ 04.2”, o que fica dentro do círculo vermelho presente no mapa abaixo.


Localização de N Sgr 2021 - Fonte: adaptado de Cartas du Ciel

Acesse a carta celeste clicando no botão abaixo:





PNV J17581670-2914490: possível Nova em Sagitário

    O observador de Estrelas Variáveis Andrew Pearce, reportou a observação de uma estrela em magnitude 8.4 (magnitude possível de ser observada com telescópios e binóculos) na noite de 04/05 em uma imagem feita com sua câmera DSLR Canon 1100D, observação esta que foi confirmada por ele no visual.

    O colaborador da Comissão Luiz Antônio recebeu a mensagem do observador Carlos Adib, e prontamente a encaminhou para o grupo da comissão.

    Outros observadores brasileiros foram informados e observaram a possível Nova, entre eles, Antonio Padilla, Alexandre Amorim, William Souza:

6 observadores brasileiros já contribuiram com observações.


    A estrela se encontra próxima de V3895 SGR, uma binária eclipsante do tipo Algol, carta e mapa abaixo:
                      
Carta de busca da estrela, com estrelas de comparação. Cortesia AAVSO.


Região de V3589, a posível nova se encontra próxima dessa estrela.

Imagem da possível Nova. Cortesia Luiz Antonio (colaborador da Comissão de Etrelas Variáveis)

                                      

Imagens também cedidas pelo Luiz Antônio.



Viemos através dessa publicação alertar e encorajar outros observadores a realizarem suas observações e reportarem as mesmas para o banco de dados da AAVSO.
O tutorial de observação e reporte se encontra nesse link: http://www.acervoastronomico.org/uba-ano-50.