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segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Telescópios Espaciais em Operação - Quantos são? Para que servem?

 Telescópios Espaciais em Operação

Quantos são? Para que servem?

O telescópio espacial Hubble (HST) foi lançado na órbita da Terra em 24 de abril de 1990. O telescópio Spitzer, irmão infravermelho do Hubble, comemorou em 25 de agosto de 2022 o seu 19º aniversário no espaço. Vários observatórios de raios-X, incluindo o Chandra X-ray Observatory (lançado em 23/7/1999), o XMM-Newton (de 10/12/1999) e o Nuclear Spectroscopic Telescope Array (ou NuSTAR, lançado em 13/6/2012) também estão a examinar o céu a partir de suas órbitas no espaço. Há pouco mais de um ano (25/12/2021), a NASA lançou o Telescópio Espacial James Webb (JWST) para orbitar o Sol a cerca de 1,6 milhão de quilômetros, em um ponto do Sistema Solar conhecido como segundo ponto de Lagrange, ou L2.

Mas, são apenas esses os telescópios espaciais em atividade? 

Qual é a necessidade e quais são as vantagens de se colocar um telescópio no espaço? 

Qualquer tipo ou tamanho de telescópio pode ser colocado no espaço?

Bem, como veremos, colocar um telescópio no espaço tem suas limitações e suas dificuldades. Para começar, não pode ser muito grande pois tem de caber dentro do foguete que o lança. Nossa capacidade de repará-lo também é limitada, se algo der errado. E, por último, para dizer o óbvio, é tudo muito caro, complexo, demorado. Então, por que fazemos isso?

Bem, o principal objetivo ao se colocar telescópios no espaço é a eliminação dos problemas causados pela instabilidade ou opacidade da atmosfera terrestre, de forma a obter uma visão mais límpida dos objetos astronômicos. Nossa atmosfera age como um escudo protetor, deixando passar apenas uma parte da energia eletromagnética. Na maioria das vezes isso é vital para os seres vivos. Nenhum nível de FPS (Fator de Proteção Solar) poderia nos proteger se fôssemos bombardeados por raios-X de alta energia, ou raios gama, sempre que deixássemos o abrigo das nossas casas ou locais de trabalho. Mas, essa proteção nos atrapalha quando queremos coletar essas formas de energia para estudos terrestres. É aí que as vantagens dos telescópios espaciais justificam a complexidade e o elevado custo dos seus projetos, construções, lançamentos para o espaço e operação continuada.

A figura a seguir mostra a amplitude espectral das radiações eletromagnéticas para os comprimentos de onda entre 0,1 nm e 1 km de comprimento, assim como as regiões desse espectro bloqueadas total ou parcialmente pela atmosfera da Terra. Percebe-se que muito pouco da energia eletromagnética chega aos telescópios localizados na superfície terrestre. Já para os telescópios espaciais, toda a ampla gama de comprimentos de onda pode ser detectada, bastando que se disponha de sensores adequados.

                     

Mas, quantos são os telescópios espaciais em operação? A quais finalidades se prestam? Quantos telescópios espaciais já cumpriram suas missões e encerraram suas atividades?  Qual foi o legado desses instrumentos? O que acontece com os telescópios espaciais quando são desativados?

Neste artigo, e em postagens subsequentes nas próximas semanas, as respostas a essas e outras perguntas serão postadas aqui. Os telescópios que se encontram operacionais serão apresentados de acordo com suas características e seus objetivos, com especial atenção para aqueles que produzem dados de interesse para os observadores de estrelas variáveis, ou que podem precisar de uma mãozinha dos astrônomos amadores e seus pequenos telescópios terráqueos.

Em um artigo a ser postado mais adiante, os telescópios já desativados serão apresentados, assim como os seus principais legados.

Por hora, bastará mencionar que os equipamentos ativos, projetados e já aposentados podem ser classificados de acordo com as faixas espectrais nas quais os seus sensores de radiações eletromagnéticas são úteis. Assim, podemos listá-los como Telescópios para Detecção de:

  • Raios Gama
  • Raios X
  • Radiação Ultravioleta
  • Luz Visível
  • Radiação Infravermelha
  • Microondas
  • Ondas de Rádio
  • Ondas Gravitacionais
  • Partículas e Raios Cósmicos

Alguns telescópios espaciais servem a vários propósitos, em razão de operarem em diversas faixas espectrais. É o que veremos neste início de 2023.

Até a próxima e afivelem os cintos que a viagem será longa!

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