![]() |
Redução de brilho de Betelgeuse Fonte: ESO, 2021b. |
Betelgeuse ou Alfa Orionis é uma estrela supergigante vermelha sendo classificada como uma variável semirregular supergigante vermelha, sendo a 10ª estrela mais brilhante no céu e a segunda mais brilhante na constelação de Órion, estando a aproximadamente 643 anos-luz da Terra (AAVSO, 2021; DAVID DARLING, 2021). Porém o que chamou a atenção em Betelgeuse no ano de 2019 foi a sua grande diminuição de brilho a qual só veio a ser devidamente explicada este ano.
Para lúcida ação do fenômeno uma equipe do European Southern Observatory (ESO) procedeu à observação contínua da estrela com o uso de dois instrumentos presentes no Very Large Telescope (VLT) no Chile, sendo eles o Sphere e o Gravity. Enquanto o Sphere/VLT trata-se de um sistema ótico que foi utilizado na obtenção de imagens da superfície de alfa Ori, o Gravity combina 4 telescópicos de forma a permitir o imageamento interferométrico, possibilitando monitorar a estrela. Por meio desses instrumentos pode-se então realizar um estudo mais aprofundado acerca do que estava acontecendo com a estrela alfa da constelação de Órion (ESO, 2021a, 2021b, 2021c).
A partir do trabalho liderado por Miguel Montargès, pode-se concluir que a grande diminuição de brilho que ocorreu foi provocada pela formação de uma nuvem de poeira estelar. Segundo os pesquisadores a superfície de Betelgeuse varia com base na dinâmica de bolhas de gás que se movem, encolhem e aumentam de tamanho no interior da estrela. Assim, antes da grande redução do brilho uma enorme bolha expeliu matéria para longe. Este processo provocou um resfriamento da superfície pouco tempo depois, tendo essa diminuição de temperatura sido suficiente para permitir a condensação desse gás em poeira sólida (ESO, 2021b).
Referências
Nenhum comentário:
Postar um comentário